segunda-feira, 20 de julho de 2009

VII Encontro

O sétimo encontro foi aberto com os slides do livro Zoom, já que a dificuldade do professor em administrar o seu tempo com tantas atividades a realizar está refletindo em fadiga, precisando constantemente retomar e reforçar a auto-estima e a competência dos mesmos. Assim, através do Zoom refletimos que apesar de, às vezes, nosso trabalho parecer invisível, é essencial à formação do ser humano.

O assunto em questão, Estilística e coerência textual, possibilitou que eu trouxesse ao grupo diferentes revistas de modas e decoração. No primeiro momento, elas folhearam as revistas para buscar diferentes estilos de:
- vestimentas
- arquitetura
- música
- textos (poesias)

A questão era descobrir a relação das imagens com a produção textual. A discussão levou a idéia do resumindo na página 25:

A estilística é uma das disciplinas voltadas aos fenômenos da linguagem. Definindo de forma simples, é o estudo do estilo.
No domínio da linguagem, o estilo é conceituado de varias maneiras pelos estudiosos da estilística. De modo geral, as definições consideram-no como o resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do falante. A estilística estuda os valores ligados à sonoridade, à significação e formação das palavras, à constituição da frase e do discurso.

Na seqüência, novamente em grupos, analisamos as atividades da página 36, 40, 43, 85-92 e 99-104.
Os grupos avaliaram em cada atividade:

- a série que se destina
- o encaminhamento
- o objetivo
- o conceito teórico
- o conteúdo gramatical


Após, houve o relato oral, e além da análise os grupos propuseram outras atividades além das presentes nos TPs. Os professores comprometeram-se em digitar as propostas de trabalhos para trocar com os outros via email. Combinamos que no próximo encontro teremos uma sessão de cinema com o filme Narradores de Javé.

Para encerrar a manhã, assistimos ao vídeo “Feliz Metade de Ano”, para reenergizar nossas forças para o trabalho e confraternizar-nos para o dia do amigo.

VI Encontro

No VI encontro, realizado dia 07 de julho de 2009, o tema contemplando as unidades 15 e 16 do TP 4 era A produção textual – crenças, teorias e fazeres. A mensagem de recepção foi:

Deus pediu aos anjos...
Anjos pediram a Deus
Eu peço à todos nós
Um pão por Deus.

Retomamos os conceitos de cultura, alfabetização e letramento. O foco era o conhecimento prévio no exercício de ler e escrever. O que eu conheço, o que eu preciso conhecer, o que eu quero conhecer. Neste contexto, as professores relataram o andamento das atividades em sala. Em seguida distribuí em 6 grupos com as seguintes propostas de análises:


Grupo 1: Placas do Brasil : Por que você acha que alguém escreveria um texto assim?

Grupo 2: Encontre uma forma de registrar nossas práticas de leitura e escrita diárias.

Grupo 3: Avalie a tarefa do TP 4 – p.97 sobre o texto Cidadezinha qualquer.

Grupo 4: Identifique quais os fatores de podem dificultar e/ou facilitar a leitura de um texto

Grupo 5: Avalie se a estrutura do texto influencia para sua compreensão global. (p. 125 a 128 – TP4)

Após, os grupos apresentaram as análises de suas atividades e foram orientados para registrarem as análises e entregarem. No entanto, novamente houve uma avaliação dos encontros e do material.
O V encontro dos professores da rede municipal de Ijuí e de Coronel Barros ocorreu dia 23 de junho de 2006. A oficina contemplou as unidades 13 e 14 do TP4. O tema proposto era Leitura, escrita e cultura e Processo de leitura. Recebi o grupo com o seguinte pensamento retirado do TP4:

Aprendemos a ler o mundo e utilizamos a escrita para trocarmos ideias, conhecimentos e modos de pensar, isto é, para nos comunicarmos e transformarmos o mundo e a nós mesmos. (p.27)


Para refletirmos sobre cultura, usos sociais e funções da escrita em diferentes contextos convidei a Sra. Maria Eli Mannrich autora do livro Pão por Deus para apresentar esta cultura aos demais e elaborar uma oficina. O livro é resultado de sua dissertação, publicado pela Universidade Federal de Santa Catarina. A obra registra a forma poética Pão-Por-Deus, originária da Ilha dos Açores e praticada no litoral catarinense e parte do litoral do Rio Grande do Sul.

No inicio da colonização do RS, a produção de pães em fornos de barros era considerada uma situação inusitada dada a carência de alimentos e do trigo. Uma festa para as crianças que poderiam saborear um alimento diferente pedindo “um pedaço de pão pelo amor de Deus”.

...uma família abastada estava assando grande quantidade de pães, quando alguns meninos pobres sentiram o cheiro do pão e mendigaram: Pão-por-Deus! (MANNRICH, 2007, p.20)


O costume estendeu-se e as trovinhas também eram usadas para pedir presentes aos pais, padrinhos e outros.
É preciso começar
O resgate da tradição
Pedindo um Pão por Deus
Em forma de coração

Assim, as trovinhas circulavam em diferentes cartões cuidadosamente trançados e recortados.

A autora, após historiar a cultura distribuiu alguns cartões e produziu com os professores algumas trovinhas.


Particularmente eu conheci esta cultura no ano passado (2008), e realizei várias oficinas com alunos da sétima série. Minha surpresa foi receber ao final do ano um pão-por-Deus de um aluno:

Mil alunos contentes
vão neste pão-por-Deus
para aprovação do ano que vem
de alunos teus.

Em seguida, comparamos as trovinhas com a literatura de cordel e as trovas gauchescas, fortalecendo a importância de conhecer a cultura local como uma possibilidade de trabalhar a escrita e a leitura em sala de aula.


No final desta manhã, os professores realizaram uma pequena avaliação em grupos sobre os encontros, a proposta do programa e o material didático distribuído, a fim de registrar algumas angustias do encontro anterior.