segunda-feira, 16 de novembro de 2009

XIII ENCONTRO

Maravilhoso. Assim resumi os trabalhos desta manhã. Vejam o motivo. No inicio do ano, os professores estavam preocupados com o projeto a ser desenvolvido em sala de aula. Neste 03 de novembro iniciamos apresentação individual dos trabalhos, uma continuidade da socialização que já ocorria em cada encontro, porém agora de forma mais elaborada.
A surpresa fica por conta da satisfação dos professores com o desenvolvimento dos trabalhos realizados, com a capacidade de criar e motivar os seus alunos.

A abordagem era sobre as Variantes Linguísticas: dialetos e resgistros (TP1).

A professora Rosali Adolf relatou o dicionário criado pelos alunos do EJA noturno:


DICIONÁRIO DOS JOVENS (I)



Amassar – pegar alguém, beijar, passar a mão no corpo.
Baia – casa.
Banda – ir em algum lugar.
Baseado – cigarro ou drogas.
Bebum – pessoa que bebe em excesso.
Bira – bebida de álcool.
Boate – lugar de lances para os homens ou diversão.
Boazuda – mulher gostosa.
Bombando – coisas boas, iradas.
Brasa – isqueiro, fósforo.
Caminha – buscar coisa roubada ou drogas.
Cano – revólver.
Catatau – mandar recados por outros.
Chapado – pessoa que está usando droga.
Chapa quente – lugar onde as coisas estão gostosas.
Chatô – lugar de esconderijo de malandro.
Choquei – ficar assustado ou apavorado.
Coroa – pai ou mãe, pessoa mais idosa.
Farinha – pó de cocaína.
Ficar – beijar, agarrar sem compromisso, passar tempo.
Galera – monte de pessoas.
Laranja – comprar coisas e não pagar, entrar no SPC.
Lesi – bicha ou veado.
Maconheiro – pessoa que usa drogas.
Mano – menino, homem.
Mina – menina, mulher.
Pegar – pegar mulher ou etc.
Pegar piolho – lugar onde se juntam pessoas de todo lugar ou tipo.
Prosti – mulher de prazer.
Rolê – sair, dar voltas.
Toca – lugar de esconderijo de malandro.
Trampo – trabalho.
Trepar – fazer sexo.
Treva – coisa ruim.
Trigo – pedra de fumar.
Trita – confusão.
X9 – foragido, preso.

Grupo de: Uiliam José Schneider Evangelista, Carlos Alberto Samrsla, Anderson dos Santos e Zaqueu R. da Silva.



DICIONÁRIO DOS JOVENS (II)


Amada – pessoa querida.
Baseado – fumar um cigarro ou usar uma droga.
Batendo pestana – não está interessado num assunto.
Beleza – está tudo uma maravilha.
Choquei – algo que foi falado ou feito, que a pessoa ficou apavorada ou surpreendida.
Daí? – quando não se importa com nada.
E aí gata? – cumprimentando uma garota.
E aí mano? – cumprimentar um jovem, um amigo.
E aí parceiro? – uma pessoa cumprimentando outra.
Ficar – beijar, trocar carinho, algo sem compromisso.
Fubazada – expressão de alguém que se sente superior aos outros, que se acha, se sente mais do que os outros.
Já era – o que já passou ou está tudo acabado.
Jesus apaga a luz – quando algo é do seu agrado.
Jesus me abana – estar encantado com alguém.
Jesus me chicoteia – quando fez algo de errado.
Listrado de ódio – que não está gostando de algo.
Mina – uma jovem, uma garota.
Nem se apresente – quando alguém não concordou com algo ou quer aparecer.
Pode crer – concordância com um assunto.
Pô meu – estar irado.
Porra meu – estar nervoso com alguém.
Rosa chicleti – tudo está perfeito.
Tá confirmado o bagulho – confirma uma saída ou um negócio tratado.
Tô bege – estar apavorado.
Tô de olho – estar cuidando de alguém.
Tô ligado – estar atento às coisas.
Tô vazando – estou indo embora.
Traveco – um homem atraído por outro.
Treva – algo de ruim que aconteceu, algo não agradável.
Valeu – está tudo certo.
Vamos tomar uma bira – ir a algum lugar, tomar uma bebida com amigos.

Grupo: Franciele de Aguiar Antunes, Liliane de Jesus Desbessel e Pâmela Liberato Rodrigues.


Em seguida a Professora Maria Inês Libardoni apresentou seu trabalho sobre placas.

Ainda, comparamos as diversidades com os textos "Nóis Mudemos" e o "Voo da Asa Branca".

Para finalizar, rimos e nos preocupamos com o "Briba".

XII ENCONTRO

Sessão cinema, em 27 de outubro!!!!

Assistimos ao filme "O Leitor". O ponto de chegada estabelecido foi delimitar a importância do ato de contar história na aquisição da língua escrita.

Também refletimos sobre ética, em quais momentos da vida a escrita é importante e sobre o significado da leitura para uma pessoa letrada e para uma pessoa analfabeta. Para sistematizar os professores produziram textos reflexivos, pois " o filme nos remete a pensar e repensar nossa prática a respeito de contar histórias durante o processo que é constante; alfabetizar é letrar" (Profa. Cristina), bem como "refletir sobre a influência da escrita ou da ausência desta" (Pofa. Jacira).

"No decorrer da trama ... nos deparamos com a importância da escrita na vida das pessoas, tal qual ocorreu em Narradores de Javé. ... Não só a leitura em voz alta, mas todo o trabalho com narrativas ajudam o aluno a reconstruir a sua história, a resgatar suas experiências" (Profa. Roseli).

"Tenho uma experiência muito grande em ler para os alunos. Alguns gostam, outros não. Às vezes, propositalmente esqueço. Sempre surge alguém que pede pela continuação da história. Já é um bom começo." ( Profa. Rosali)

Assim, "É aprender a vivenciar emoções e aprender a lidar com elas, é adentrar mundos imaginários onde os pés não podem ir, somente o pensamento galopando fantasias. Assim como Hanna orquestrou seus momentos finais e se manteve, embora numa prisão, liberta pelas histórias e pela palavra - ave palavra!" (Profa?)

"A recepção de uma história nunca é um ato passivo para quem escreve ou fala, este sempre o faz pressupondo o outro, havendo, portanto, uma interação de influências, com atribuição de significados, concebendo-se sempre um caráter formativo neste processo amplo de leitura de mundo." (Profa. Liane)

Nos trechos acima temos a evidência da responsabilidade do nosso fazer, apoiados no amor em sermos professores.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

XI ENCONTRO

O décimo primeiro encontro aconteceu em 20 de outubro de 2009.

Para recepção, assistimos o vídeo da “letra I”, após muitos comentários, logo distribui as tarefas para esta manhã, com embasamento das unidades 23 e 24 do TP6:

Grupo 1: p. 75 : apresentar uma proposta de como planejar o texto,
Grupo 2 p. 93 : apresentar uma forma de planejamento estratégico,
Grupo 3 p.102: apresentar uma estratégia de escrita,
Grupo 4 p.120: apresentar uma estratégia de revisão do texto,
Grupo 5 p.143: apresentar uma estratégia de revisão e de edição.

Inicialmente, retomamos a discussão de como classificar os argumentos. Em seguida os grupos socializaram seus estudos.

O primeiro grupo apresentou como proposta de planejamento realizar uma chuva de ideias no quadro, após a definição do tema. Acrescentei a possibilidade de desenvolver um resumo em esquema no quadro para definir possibilidades de ponto de partida e de chegada dos textos.

O segundo grupo propôs uma releitura da atividade do AA6 – p. 59 e definiram o como tema “o poder do batom”

Já, o terceiro grupo usou a atividade do AA6 p.37, o texto sobre a “Avó” para reescrever e após trocar com outro colega para realizar a revisão do texto.
O quarto grupo pensou em realizar a revisão do primeiro texto da p.80 do AA6 com os alunos, estabelecendo critérios de revisão.

O quinto grupo escolheu a atividade p.156 do TP6, neste momento a Colega Jacira expôs o texto revisado por seu aluno da 7ª série.

Para finalizar, socializei minha prática de encaminhar a produção, a revisão e a versão final do aluno e encerramos os estudos do TP 6.

X Encontro

O 10º encontro aconteceu em 13 de outubro de 2009.

A recepção aos colegas cursistas foi realizada com o vídeo “O que é aquilo?” para refletir sobre a nossa profissão já que estávamos às vésperas do nosso dia.
Entre tantos avisos, distribui a sistematização das análises realizadas nos planos de estudos e nas provas diagnósticas enviadas pelo Mec.


No encontro anterior, enquanto os grupos trabalhavam na análise, distribui tarefas individuais aos grupos para descontrair e refletir sobre a construção e desconstrução do texto.


As tarefas:

1 -TP5 – 118
Observe a seguinte seqüência linguística abaixo e pense uma forma de estabelecer coerência:

O início do fim. Esqueceram meu nome. Uma ilha às escuras. A vaca voa.


2- AA5 – p. 105 – Organize os fatos abaixo de forma a compor uma narrativa. Teporganiz
.Organize110xto 1
Uma história sem pé nem cabeça!
( ) Marília era bem pequena,
( ) que a cômoda no quarto da
( ) colo e deixava que os tocasse
( ) os vidros de perfume, a caixa
( ) onde acendiam velas se
( ) quando descobriu o Mar. Não
( ) Dona Beatriz ria ao vê-la na
( ) anos tinha, mas lembrava-se
( ) faltava luz à noite.
( ) com os dedinhos grossos. A
( ) ponta dos pés, querendo alcançar
( ) conseguia se lembrar quantos
( ) Tudo o que havia sobre a
( ) mãe mostrava os porta-retratos,
( ) de jóias (com margaridas pintadas
( ) mãe era mais alta que ela.
( ) cômoda parecia precioso, intocável.
( ) na tampa) o castiçal prateado
( ) os objetos. Pegava Marília no
( ) – Mamãe, deixa eu ver lá em cima!

RIOS, Rosana. Marília, Mar e Ilha. Editora Estação Liberdade.p.105


3 - Preparar questões de leitura para a imagem abaixo conforme a exposta no TP5, p. 151, que aparece em seguida:


.


Foi-se o tempo em que os cachorros guardavam
a residência e, por isso, ficavam ao relento. Totó que se preza, hoje,
vive dentro de casa com toda a mordomia. Muitos incorporam
até as angústias que afligem seus donos.




4 -AA5 - p.95Parte
Parte A
Para cada item a seguir, você deverá elaborar uma resposta simples e objetiva:
1) Diga um nome próprio (de preferência que não seja da sala de aula):
2) Diga o nome de um lugar (bairro, cidade ou país):
3) Qual é o número de sua preferência?
4) Qual é a sua cor preferida?
5) O que para você é um defeito?
6) Indique um intervalo de tempo (horas, dias, meses, anos, décadas, séculos, etc.):
7) Indique uma quantia em dinheiro:
8) Qual é a música ou banda de sua preferência?
9) Diga o nome de um local comum (em casa, na escola, no caminho, etc.):
10) Qual é a sua comida preferida?

arte B
Agora, você deverá relacionar cada resposta dada na atividade anterior aos itens abaixo.
Atenção! Relacione os itens segundo a sua numeração.
1) o nome da sua noiva/seu noivo;
2) o lugar onde se conheceram;
3) o número do seu sapato;
4) a cor dos olhos dele/dela;
5) é o seu único defeito;
6) tempo de duração do namoro e noivado;
7) dinheiro disponível para o casamento e a lua de mel;
8) música ou banda que tocou durante a cerimônia do casamento;
9) local da lua de mel;
10) único cardápio da lua de mel.


Assim, encerramos os estudos com os TPs 3, 4 e 5. Concluímos que o projeto final para o Gestar será reorganizar os planos de estudos conforme os gêneros textuais solicitados nas provas diagnósticas do Mec. Assim, teremos uma unidade no trabalho do município, um ponto de partida e um ponto de chegada flexível e indefinível.
Fizemos um pequeno intervalo, com a visita de nossa colega Maria Luiza e distribui aos professores uma lembrança em decorrência da comemoração ao nosso dia.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O filme "O Leitor" inspirou a escrita do meu memorial

Não sei bem quando iniciou em mim este gosto pelas palavras, mas ainda guardo meu primeiro caderno de poesias. Cópias de poemas extensos, às vezes, sem significado para uma adolescente, porém lembro do prazer em abrir as encadernações e de caprichar na letra ainda indefinida.
Adormecer com as descrições de Érico Veríssimo em “Clarissa” e em “Música ao longe” são cenas presentes em minhas memórias. Da adolescência à profissão docente, da escola para a escola, muitos livros enfileirados pelo caminho. A primeira compra “Por quem batem os sinos” representa a conquista do primeiro salário. Antes, os livros pertenciam à biblioteca. A primeira agenda deixou de registrar cópias para acomodar sentimentos, emoções, momentos. O caderno de poesia passou a caderno de música e eram muitas as letras e os ritmos apaixonantes.
O primeiro emprego, não foi a sala de aula, mas um escritório. Os registros contábeis realizados com a letra singularmente desenhada, durante o dia, à noite o curso de letras, leituras e análises. Distante da sala de aula, próxima do sonho do ideal, da professora ideal.
A formatura, o concurso, o objetivo alcançado. A professora de Língua Portuguesa. A primeira aula, a primeira turma, as primeiras inquietações. O livro didático não completou minhas expectativas. Meu desejo era fazer diferente. Assim busquei.
Década de 90, enquanto na lingüística definiam-se teorias, eu buscava a especialização para estudar a linguagem. O objetivo era dar aulas de forma diferente do que, então, era “o costume”.
Depois, veio o anseio por ser professora universitária. Neste lugar, o professor era respeitado, fora dele éramos “professorinhas”. A conquista do mestrado, e em seguida a conquista do lugar: professora universitária, concomitante às tarefas de professora do ensino fundamental e médio. A certeza, o entendimento de aplicar ao fazer diário as teorias estudadas, a literatura saboreada.
Com aulas e aulas, muito alunos formados, elogios e criticas, simpatias e desavenças construíram 18 anos em sala de aula, despertaram ideias e atitudes, que hoje são parte da “formadora do gestar”, da coordenadora da área de Língua Portuguesa do Município de Ijuí e acima disso da professora do EF, EM, da Universidade.... mantendo o objetivo de despertar e vivenciar o fascínio por ler e escrever, o sonho e a realidade, pois contrariando Josué Guimarães, nunca “É tarde para saber”, o quanto as palavras são parte de nós.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

IX ENCONTRO - 08/09/2009

Para aprender o mundo, diz Ziraldo:

Além do olfato, paladar, visão, tato, audição,

a leitura deve ser cultivada

como sexto sentido.



Neste dia, a tarefa era analisar os planos de estudos das escolas com objetivo de identificar a presença dos conceitos teóricos revistos no Gestar.


No primeiro momento elencamos os conceitos teóricos estudados: gêneros textuais literários e não-literários; sequência tipológicas, cultura e crenças, coesão e coerência textuais.

Os professores dividiram-se em 4 grupos, conforme as séries:5a., 6a., 7a. e 8a.


Enquanto os grupos trabalhavam na análise, distribui tarefas individuais aos grupos para descontrair e refletir sobre a construção e descontrução do texto.


As tarefas:


1 -TP5 - 118

2- AA5 - p.105

3 - TP5 - p.151

4 -AA5 - p.95



A sistematização ficou para o encontro seguinte.

VIII Encontro - 01/09/2009

Há um clichê popular

segundo
o qual se pode extrair de
computadores

mais do
que se pôs neles.

Tal clichê é
verdadeiro

apenas em sentido

estrondosamente trivial,

o mesmo em que

Shakespeare não teria

escrito nada além

do que seu primeiro
professor

lhe ensinou a escrever:
Palavras.


(Richard Dowkins)



Refletir sobre quantas ideias elaboramos, o quão necessárias são as palavras foi a motivação para o retorno aos estudos após um mês de férias.

A expectativa estava no filme "Narradores de Javé", pois o combinado fora sessão de cinema com direito a pipoca e chimarrão.

Aproveitando a sugestão de leitura elaborada pela colega Sandra de Giruá, acrescentamos a seguinte questão: qual a diferença entre fato contado e fato narrado?
Tal questão serviu de provocação para a escrita reflexiva sobre como as questões levantadas pelo filme concretizam-se no fazer do professor: Eu-professor-escriba.



O resultado foi o seguinte:

Profa. Nilza: Percebe-se que uma sociedade sem a escrita, sem o registro de sua história, é esquecida. Os fatos precisam ser documentados e aí percebe-se o papel do letramento... Um povo sem escrita é um povo sem história.
Como educadores, exercemos também este papel de escribas, pois somos responsáveis, em primeiro lugar pelo letramento de nossos alunos, transformando a oralidade em escrita, e segundo motivando-os para a leitura e a criatividade, criando o gosto pela produção, descobrindo o talento de escrever com criatividade.

Profa. Eliane: No filme se diferencia um sujeito letrado de um alfabetizado por analogia entre o lápis e a caneta. O lápis permite ajustes e é usado na alfabetização, enquanto que o sujeito letrado já não produz erros.
Em nossas atividades educacionais, muitas vezes nos sentimos como o personagem. Não temos o tempo de registrar por escrito todos os aspectos relativos a prática docente o que nos permitiria uma grande reflexão sobre o processo de ensinoaprendizagem .... Por isso, em minhas aulas de LP procuro desenvolver como os alunos as quatro habilidades da Língua: ler, escrever, falar e ouvir.

Profa. Roseli: Como educadora acredito que exerço o papel de escriba proporcionando momentos de leitura, reflexão e escrita na sala de aula... porque através da leitura e da escrita ele constitui-se sujeito da sua história.

Profa. Jacira: ..é necessário oportunizar aos alunos diferentes gêneros textuais, para que, dependendo do objetivo possam perceber diferentes pontos-de-vistas, tipo de narrador, elementos de coesão...

Profa. Olga: ... quando conseguimos ajudar nossos alunos a narrar por escrito, fatos contados, estamos desempenhando nosso papel de escriba.

Profa. Roselaine: quando proporcionamos ao aluno momentos de leitura e escrita de suas histórias, fatos para eles narrarem.

Profa. Ana Lucia: A missão dos atuais escribas também é de grande importância e responsabilidade, não podemos “bater em retiradas”, se não assumirmos nossa função quem irá comprometer-se para que nossos alunos adquiram, dominem e aperfeiçoem a linguagem como ciência e arte para o bem falar, escrever e interpretar, dentro da norma padrão, culta da Língua Portuguesa?

Profa. Maria Inês: Considero-me escriba em aula quando, juntamente, com meus alunos discutimos, registramos atividades práticas e verificamos as correções necessárias.

Profa. Rosali: O professor de português tem muito de escriba, tanto pelo fato de planejar suas atividades, aplicá-las, avaliá-las, relatá-las, como pelo fato de ensinar os seus alunos a fazerem seus registros orais e escritos.

Profa. Alessandra: O professor de língua portuguesa também exerce o papel de escriba quando estabelece as relações de correspondências entre a oralidade dos alunos e a linguagem formal, quando questiona, estimula a criatividade para que as descrições e o vocabulário sejam ampliados, quando oportuniza a leitura de diferentes gêneros textuais e demonstra a importância da leitura e da escrita.

Profa. Sandra: a importância da leitura e da escrita para a sobrevivência de uma comunidade é .. uma das atividades do professor..

Profa. Taciana: ... somos escribas em sala de aula, contamos histórias, fizemos os alunos contarem histórias, ouvimos e ajudamos a registrarem os “fatos acontecidos” e melhorarem suas histórias para que possam envolver ainda mais quem as ler, mostrando a eles a importância da escrita e sua relação com a preservação da memória, ajudando-os a definir objetivos para a escrita e assim perceber o seu valor.

Profa. Liane: no momento em que sintetizamos, apuramos e diagnosticamos problemas, direcionamos a caminhada de nossos alunos.

Profa. Marilei: quando organiza textos juntamente com seus alunos, numa produção coletiva, na organização de frases, parágrafos...

Profa. Cristina: quando registra no quadro, por exemplo o relato coletivo de seus alunos, quando faz produções a partir de vivências de seus alunos e colegas.

Eis, NÓS - PROFESSORES - ESCRIBAS......

segunda-feira, 20 de julho de 2009

VII Encontro

O sétimo encontro foi aberto com os slides do livro Zoom, já que a dificuldade do professor em administrar o seu tempo com tantas atividades a realizar está refletindo em fadiga, precisando constantemente retomar e reforçar a auto-estima e a competência dos mesmos. Assim, através do Zoom refletimos que apesar de, às vezes, nosso trabalho parecer invisível, é essencial à formação do ser humano.

O assunto em questão, Estilística e coerência textual, possibilitou que eu trouxesse ao grupo diferentes revistas de modas e decoração. No primeiro momento, elas folhearam as revistas para buscar diferentes estilos de:
- vestimentas
- arquitetura
- música
- textos (poesias)

A questão era descobrir a relação das imagens com a produção textual. A discussão levou a idéia do resumindo na página 25:

A estilística é uma das disciplinas voltadas aos fenômenos da linguagem. Definindo de forma simples, é o estudo do estilo.
No domínio da linguagem, o estilo é conceituado de varias maneiras pelos estudiosos da estilística. De modo geral, as definições consideram-no como o resultado da escolha dos recursos expressivos capazes de produzir os efeitos de sentido motivados pela emoção e afetividade do falante. A estilística estuda os valores ligados à sonoridade, à significação e formação das palavras, à constituição da frase e do discurso.

Na seqüência, novamente em grupos, analisamos as atividades da página 36, 40, 43, 85-92 e 99-104.
Os grupos avaliaram em cada atividade:

- a série que se destina
- o encaminhamento
- o objetivo
- o conceito teórico
- o conteúdo gramatical


Após, houve o relato oral, e além da análise os grupos propuseram outras atividades além das presentes nos TPs. Os professores comprometeram-se em digitar as propostas de trabalhos para trocar com os outros via email. Combinamos que no próximo encontro teremos uma sessão de cinema com o filme Narradores de Javé.

Para encerrar a manhã, assistimos ao vídeo “Feliz Metade de Ano”, para reenergizar nossas forças para o trabalho e confraternizar-nos para o dia do amigo.

VI Encontro

No VI encontro, realizado dia 07 de julho de 2009, o tema contemplando as unidades 15 e 16 do TP 4 era A produção textual – crenças, teorias e fazeres. A mensagem de recepção foi:

Deus pediu aos anjos...
Anjos pediram a Deus
Eu peço à todos nós
Um pão por Deus.

Retomamos os conceitos de cultura, alfabetização e letramento. O foco era o conhecimento prévio no exercício de ler e escrever. O que eu conheço, o que eu preciso conhecer, o que eu quero conhecer. Neste contexto, as professores relataram o andamento das atividades em sala. Em seguida distribuí em 6 grupos com as seguintes propostas de análises:


Grupo 1: Placas do Brasil : Por que você acha que alguém escreveria um texto assim?

Grupo 2: Encontre uma forma de registrar nossas práticas de leitura e escrita diárias.

Grupo 3: Avalie a tarefa do TP 4 – p.97 sobre o texto Cidadezinha qualquer.

Grupo 4: Identifique quais os fatores de podem dificultar e/ou facilitar a leitura de um texto

Grupo 5: Avalie se a estrutura do texto influencia para sua compreensão global. (p. 125 a 128 – TP4)

Após, os grupos apresentaram as análises de suas atividades e foram orientados para registrarem as análises e entregarem. No entanto, novamente houve uma avaliação dos encontros e do material.
O V encontro dos professores da rede municipal de Ijuí e de Coronel Barros ocorreu dia 23 de junho de 2006. A oficina contemplou as unidades 13 e 14 do TP4. O tema proposto era Leitura, escrita e cultura e Processo de leitura. Recebi o grupo com o seguinte pensamento retirado do TP4:

Aprendemos a ler o mundo e utilizamos a escrita para trocarmos ideias, conhecimentos e modos de pensar, isto é, para nos comunicarmos e transformarmos o mundo e a nós mesmos. (p.27)


Para refletirmos sobre cultura, usos sociais e funções da escrita em diferentes contextos convidei a Sra. Maria Eli Mannrich autora do livro Pão por Deus para apresentar esta cultura aos demais e elaborar uma oficina. O livro é resultado de sua dissertação, publicado pela Universidade Federal de Santa Catarina. A obra registra a forma poética Pão-Por-Deus, originária da Ilha dos Açores e praticada no litoral catarinense e parte do litoral do Rio Grande do Sul.

No inicio da colonização do RS, a produção de pães em fornos de barros era considerada uma situação inusitada dada a carência de alimentos e do trigo. Uma festa para as crianças que poderiam saborear um alimento diferente pedindo “um pedaço de pão pelo amor de Deus”.

...uma família abastada estava assando grande quantidade de pães, quando alguns meninos pobres sentiram o cheiro do pão e mendigaram: Pão-por-Deus! (MANNRICH, 2007, p.20)


O costume estendeu-se e as trovinhas também eram usadas para pedir presentes aos pais, padrinhos e outros.
É preciso começar
O resgate da tradição
Pedindo um Pão por Deus
Em forma de coração

Assim, as trovinhas circulavam em diferentes cartões cuidadosamente trançados e recortados.

A autora, após historiar a cultura distribuiu alguns cartões e produziu com os professores algumas trovinhas.


Particularmente eu conheci esta cultura no ano passado (2008), e realizei várias oficinas com alunos da sétima série. Minha surpresa foi receber ao final do ano um pão-por-Deus de um aluno:

Mil alunos contentes
vão neste pão-por-Deus
para aprovação do ano que vem
de alunos teus.

Em seguida, comparamos as trovinhas com a literatura de cordel e as trovas gauchescas, fortalecendo a importância de conhecer a cultura local como uma possibilidade de trabalhar a escrita e a leitura em sala de aula.


No final desta manhã, os professores realizaram uma pequena avaliação em grupos sobre os encontros, a proposta do programa e o material didático distribuído, a fim de registrar algumas angustias do encontro anterior.

terça-feira, 9 de junho de 2009

III Encontro -02.06.2009

O terceiro encontro vislumbrou muito trabalho. A recepção aos grupos foi realizada com a música "Tudo Passa" na voz do Nxzero e do Túlio Dek. Fragmentei a letra da música em pequenas estrofes. Cada professora ao chegar recebia um pequeno cartão com a estrofe. Todos acomodados declamaram sua estrofe para organizarmos os grupos de trabalho. Após, os grupos (6) receberam envelopes contendo diferentes gêneros textuais para escolherem 2, realizarem a análise e em seguida sistematizar ao grupo.

Para reunir os 6 grupos em um só apresentei o vídeo da música. Assim iniciamos a discussão com esse gênero diferenciando gênero literário do não-literário.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

2 Encontro Gestar II

O retorno da Capital venho acompanhado da ansiedade em preparar a oficina com a competência e o dinamismo do Prof. Mauricio. Tarefa nada fácil. Enfim, elaborei a pauta.
Os Professores Cursistas estavam tão ansiosos pelas novidades e nervosos pelo desenvolvimento das tarefas quanto o nervoso dessa Formadora em repassar as atribuições. O encontro aconteceu no dia 26 de maio de 2009.

Realizei o acolhimento do grupo com a seguinte mensagem retirada do texto "Que raio de professora sou eu" de Fanny Abramovich:

"Gostaria de ter tanto prestígio quanto o professor de português. Acham que é a própria voz da sabedoria. Esta há décadas na escola e todos passaram por suas mãos. Fama e confiança das famílias. Apoio da direção. Só falta um tapete vermelho na entrada, pra ele pisar. Ninguém mexe com ele. Ninguém fala grosso ou se atreve a lhe cobrar modernidades. Só reverências." (p. 63)

O grupo fez comentário sobre todas as atribuições e culpas destinadas a nós professores de português. Após repassei vários avisos. Em seguida, fizemos uma breve homenagem a Prof. Maria Luiza pelo trabalho realizado nos anos passados para registramos o carinho do grupo por ela.

Depois iniciamos o encontro explicando como as oficinas se desenvolveriam e como o programa seria de fato avaliado ora pelos cursistas ora pelo formador. Com isso, explanei a respeito da elaboração do portfólio. Lemos os textos explicativos e montamos várias sugestões para um portfólio.

1o Encontro GESTAR II

O municipio de Ijuí-Rs recebeu no final de 2008 os primeiro pacotes com os exemplares do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II. No início de 2009, no mês de março, o atual Secretário de Educação Sr. Eleandro Lizot convidou-me para participar da Coordenação do Grupo, haja vista a demanda de estudos. Até o momento, a Coordenação era realizada pela Sra. Maria Luiza Luchesse que passou a atuar nos grupos do Língua Estrangeira (Inglês e Espanhol), no grupo de Mediadores da Leitura e do Conselho Municipal de Educação.
Minha primeira ação foi conhecer o material e inteirar-me dos deveres que caberiam ao grupo.
Assim, planejei o primeiro encontro efetivado em 07 de abril do corrente ano, no qual junto com o grupo estudamos o Guia Geral e o Guia do Formador. Neste estudo ficou claro as incumbências dos cursistas e do formador. Mesmo assim, elencamos muitas dúvidas a espera do Curso aos formadores, ocorrido em Porto Alegre na primeira semana de maio.

Histórico do grupo de Professores Municipais de Ijuí

Esta sistemática de formação continuada iniciou em 1983, o Secretário de Educação era o Sr. Leonardo Azambuja. Minha colega Maria Luiza Luchesse coordenava a equipe pedagógica na época, ainda chamada de SSP – Serviço de Supervisão Pedagógica, nome herdado da estrutura estadual vigente na SEC/RS.
O primeiro grupo formado foi de Estudos Sociais, por motivos óbvios, a área do Sr. Leonardo que atuava mais intensamente nas questões pedagógicas do que administrativas.
O município iniciou e depois buscou a adesão da rede estadual, até porque os professores eram, em sua maioria, os “mesmos”. O grupo começou a produzir seus textos de estudo no mimeógrafo – o que foi a semente das publicações, mais tarde ingressou-se no programa de livro didático do MEC, da época.
Claro que as implicações políticas eram fortes. Penso que o estado só implantou de fato essa sistemática e se integrou ao município no governo Simon que iniciou a ruptura do regime anterior... A equipe da Sr.Santa Nehring, marcada pela presença da UNIJUI (Universidade Regional do Noroeste do Estado) na década de 90 que o espaço de estudo para as áreas de Lingua Portuguesa e Matemática ficou consolidado.
Assim, a sistemática de estudos ora mensais, quinzenais ou semanais, baseados na necessidade ou urgência, passou a ser rotina aos professores do municipio de Ijuí.