sexta-feira, 18 de setembro de 2009

IX ENCONTRO - 08/09/2009

Para aprender o mundo, diz Ziraldo:

Além do olfato, paladar, visão, tato, audição,

a leitura deve ser cultivada

como sexto sentido.



Neste dia, a tarefa era analisar os planos de estudos das escolas com objetivo de identificar a presença dos conceitos teóricos revistos no Gestar.


No primeiro momento elencamos os conceitos teóricos estudados: gêneros textuais literários e não-literários; sequência tipológicas, cultura e crenças, coesão e coerência textuais.

Os professores dividiram-se em 4 grupos, conforme as séries:5a., 6a., 7a. e 8a.


Enquanto os grupos trabalhavam na análise, distribui tarefas individuais aos grupos para descontrair e refletir sobre a construção e descontrução do texto.


As tarefas:


1 -TP5 - 118

2- AA5 - p.105

3 - TP5 - p.151

4 -AA5 - p.95



A sistematização ficou para o encontro seguinte.

VIII Encontro - 01/09/2009

Há um clichê popular

segundo
o qual se pode extrair de
computadores

mais do
que se pôs neles.

Tal clichê é
verdadeiro

apenas em sentido

estrondosamente trivial,

o mesmo em que

Shakespeare não teria

escrito nada além

do que seu primeiro
professor

lhe ensinou a escrever:
Palavras.


(Richard Dowkins)



Refletir sobre quantas ideias elaboramos, o quão necessárias são as palavras foi a motivação para o retorno aos estudos após um mês de férias.

A expectativa estava no filme "Narradores de Javé", pois o combinado fora sessão de cinema com direito a pipoca e chimarrão.

Aproveitando a sugestão de leitura elaborada pela colega Sandra de Giruá, acrescentamos a seguinte questão: qual a diferença entre fato contado e fato narrado?
Tal questão serviu de provocação para a escrita reflexiva sobre como as questões levantadas pelo filme concretizam-se no fazer do professor: Eu-professor-escriba.



O resultado foi o seguinte:

Profa. Nilza: Percebe-se que uma sociedade sem a escrita, sem o registro de sua história, é esquecida. Os fatos precisam ser documentados e aí percebe-se o papel do letramento... Um povo sem escrita é um povo sem história.
Como educadores, exercemos também este papel de escribas, pois somos responsáveis, em primeiro lugar pelo letramento de nossos alunos, transformando a oralidade em escrita, e segundo motivando-os para a leitura e a criatividade, criando o gosto pela produção, descobrindo o talento de escrever com criatividade.

Profa. Eliane: No filme se diferencia um sujeito letrado de um alfabetizado por analogia entre o lápis e a caneta. O lápis permite ajustes e é usado na alfabetização, enquanto que o sujeito letrado já não produz erros.
Em nossas atividades educacionais, muitas vezes nos sentimos como o personagem. Não temos o tempo de registrar por escrito todos os aspectos relativos a prática docente o que nos permitiria uma grande reflexão sobre o processo de ensinoaprendizagem .... Por isso, em minhas aulas de LP procuro desenvolver como os alunos as quatro habilidades da Língua: ler, escrever, falar e ouvir.

Profa. Roseli: Como educadora acredito que exerço o papel de escriba proporcionando momentos de leitura, reflexão e escrita na sala de aula... porque através da leitura e da escrita ele constitui-se sujeito da sua história.

Profa. Jacira: ..é necessário oportunizar aos alunos diferentes gêneros textuais, para que, dependendo do objetivo possam perceber diferentes pontos-de-vistas, tipo de narrador, elementos de coesão...

Profa. Olga: ... quando conseguimos ajudar nossos alunos a narrar por escrito, fatos contados, estamos desempenhando nosso papel de escriba.

Profa. Roselaine: quando proporcionamos ao aluno momentos de leitura e escrita de suas histórias, fatos para eles narrarem.

Profa. Ana Lucia: A missão dos atuais escribas também é de grande importância e responsabilidade, não podemos “bater em retiradas”, se não assumirmos nossa função quem irá comprometer-se para que nossos alunos adquiram, dominem e aperfeiçoem a linguagem como ciência e arte para o bem falar, escrever e interpretar, dentro da norma padrão, culta da Língua Portuguesa?

Profa. Maria Inês: Considero-me escriba em aula quando, juntamente, com meus alunos discutimos, registramos atividades práticas e verificamos as correções necessárias.

Profa. Rosali: O professor de português tem muito de escriba, tanto pelo fato de planejar suas atividades, aplicá-las, avaliá-las, relatá-las, como pelo fato de ensinar os seus alunos a fazerem seus registros orais e escritos.

Profa. Alessandra: O professor de língua portuguesa também exerce o papel de escriba quando estabelece as relações de correspondências entre a oralidade dos alunos e a linguagem formal, quando questiona, estimula a criatividade para que as descrições e o vocabulário sejam ampliados, quando oportuniza a leitura de diferentes gêneros textuais e demonstra a importância da leitura e da escrita.

Profa. Sandra: a importância da leitura e da escrita para a sobrevivência de uma comunidade é .. uma das atividades do professor..

Profa. Taciana: ... somos escribas em sala de aula, contamos histórias, fizemos os alunos contarem histórias, ouvimos e ajudamos a registrarem os “fatos acontecidos” e melhorarem suas histórias para que possam envolver ainda mais quem as ler, mostrando a eles a importância da escrita e sua relação com a preservação da memória, ajudando-os a definir objetivos para a escrita e assim perceber o seu valor.

Profa. Liane: no momento em que sintetizamos, apuramos e diagnosticamos problemas, direcionamos a caminhada de nossos alunos.

Profa. Marilei: quando organiza textos juntamente com seus alunos, numa produção coletiva, na organização de frases, parágrafos...

Profa. Cristina: quando registra no quadro, por exemplo o relato coletivo de seus alunos, quando faz produções a partir de vivências de seus alunos e colegas.

Eis, NÓS - PROFESSORES - ESCRIBAS......